Estou voltando para o blog após longa temporada ausente.
Primeiro, por algum problema técnico qualquer, eu não conseguia
acessá-lo. Tentei trocar a senha e nada funcionava. Finalmente perdi o
interesse. Arrumei uma nova distração, fui jogar no Facebook, aquele mesmo que
eu havia criticado bastante.
O jogo começa a me
entediar, sem emoção alguma. O Facebook continua sendo um lugar de muitas
tolices tipo: "partiu para o banho, para o shopping, para o cinema" e
assim por diante. Há coisas piores ainda, é possível constatar que os alunos de
ensino médio, universitários e até formandos e formados, não sabem escrever.
Não estou falando do "naum" no lugar de não. Leio coisas engraçadas
como "agente" quando deveria ser "a gente",
"concerteza" tudo juntinho e o sucesso entre a moçada - nada há ver!
Para onde foi o nosso bom português? Se não me instrui pelo menos me diverte.
Nada a ver não é? Piadinha de humor negro.
Esse tal de face,
no entanto, tem lá seu lado bom, encontrei parentes que nem sabia que existiam.
Jogando, conheci pessoas não só do Brasil como do exterior também, nesse
exterior incluo aquele povo lá do Oriente Médio. Não entendia nada do que me
diziam e nem sei fazer aqueles risquinhos que são as letras deles. Não pensem
que o tradutor oferecido funciona. Se o tal tradutor é péssimo em inglês posso
imaginar o que ele traduz em árabe. No começo até tinha medo deles, vá que eu
esteja jogando com um terrorista! Vá que aqueles rabiscos sejam apenas um
disfarce para troca de mensagens entre eles. Vá que qualquer hora dessas
apareça alguém do Mossad, Interpol, MI5 ou até mesmo o James Bond na minha
porta, confiscando meu notebook. Ando assistindo filme de espionagem americano
demais. Brincadeiras à parte, eles são excelentes parceiros de jogo, sempre
colaboram, diferentes dos brasileiros, oportunistas, mais pedem do que
retribuem. Enfim (não em fim) jogo é jogo e trapaça faz parte.
Jogando no face, por incrível que pareça encontrei pessoas
maravilhosas. Formamos um grupo e nos ajudamos mutuamente. Nossa amizade foi
além da ajuda nos jogos, conversamos e nos sentimos tão à vontade uns com os
outros, que parece que somos amigos de infância.
O que tudo isso
tem a ver com domingo? Domingo é a fantasia preferida, todos concordam que
nesse dia sua vida vai mudar. Todos farão coisas muito divertidas, alegres que
renderão conversa a semana toda, até o próximo domingo. Irão encontrar pessoas
interessantes, sabe-se lá se não o homem ou a mulher ideal, pelo qual esperaram
a vida toda. A partir de quinta-feira começam as postagens dando vivas para a
sexta-feira. Depois dela vem o sábado e logo no dia seguinte, o tão sonhado
domingo.
Na segunda-feira,
acordam para a realidade. Nada aconteceu de interessante, não conheceram
pessoas novas, passaram o domingo todo assistindo televisão, dormindo ou
comendo. O mais emocionante do domingo foi o almoço rotineiro em família. Todos
entediados e reclamando que no dia seguinte vem a segunda-feira. Nessa
segunda-feira, recomeçam a sonhar com a mudança que poderá ocorrer no próximo
domingo. O lado bom dessa fantasia é que talvez, para alguns, realmente ocorra
um domingo brilhante. Quando o domingo for apenas o rotineiro, até que é bom.
Pior para aqueles que terminam os namoros no domingo ou no sábado. Não tenho
dados estatísticos que comprovem cientificamente essa minha afirmação, mas pelo
que leio ninguém rompe relação na segunda. A segunda de cada um desses pode
significar o início da busca por um novo amor, diferente do anterior ou o
início do calvário na vã tentativa de buscar a resposta para a inevitável
pergunta - "onde foi que eu errei?" Vai custar a entender ou nunca
irá entender que em casos de amor erram sempre os dois lados. O que realmente
nos sustenta no pós domingo é a esperança no próximo domingo. Que ele venha
logo e cheio de coisas boas.
Bom estar de volta ao meu canto.
Café?
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