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quarta-feira, 23 de março de 2011

kit gay




"Se não faz sentido, discorde comigo, não é nada demais...."

Eu adoro a esquerdinha brasileira, ela sempre me faz rir. Há coisa melhor do que rir ? Veja bem, ela adora Cuba, mas não vai para lá colher cana. Ela compra apartamento em Paris, como Chico Buarque. Já perceberam que, definitivamente, não gosto dele. Escritor razoável, péssimo cantor. A voz dele irrita meus tímpanos.

Agora acharam uma ossada, que talvez seja do líder do grupo que sequestrou o embaixador americano no Brasil, nos idos de 64. Ouvi rumores que querem construir um memorial para os mortos , mártires do regime militar. Ora, nesse caso, sugiro que construam ao lado desse, outro, em homenagem aos mortos pelos terroristas. Na minha opinião, guerra é guerra, ladrão é ladrão, assaltante é assaltante e sequestrador idem. Nesse caso, o Fernandinho Beira-Mar é um preso político. Precisa ser solto. Ele é contra a má distribuição de renda, contra o capitalismo selvagem, contra o sistema. Ele é um empreendedor, quer vender drogas, há consumidor ansioso para comprar, qual é o problema? Moral? Isso ainda vale?

Será que só eu consigo ver através do espelho? Tudo bem, já afirmei que sou sempre do contra, mas agora foi demais. O MEC quer impor um projeto - "kit escola sem homofobia" - logo denominado pela mídia como "kit gay". Já nasceu errado o projeto do governo, o que não me surpreende. O assunto é delicado e o MEC acredita que pode resolver, sem um amplo debate com a comunidade escolar. O projeto consta de vídeos temáticos e um guia de orientação aos professores das escolas de ensino médio. Ainda não esqueci o tal de "construtivismo", vi professores liberarem os alunos para fazerem o que bem entendessem - "construindo" assim seu conhecimento.

Fala sério ! Onde será que essas pessoas buscam ideias tão geniais ? Cada coisa que aparece que ainda não descobri se é para rir ou chorar. Comédia certas atitudes do governo, mas esse kit gay, extrapolou ! Veja bem, é um programa que visa combater o preconceito contra os homossexuais. Pois bem, já nasce caricato e preconceituoso. Quando li, achei melhor rir do que chorar. Esse pessoal não aprende nunca ! Preconceito não se termina com manuais ou leis e sim com educação, com mudança de comportamento.

Sendo esse manual "apadrinhado" pela Marta Suplicy, ele já é suspeito. Essa mulher não entende é nada de sexo ou sexualidade, não que eu seja uma "expert" no assunto. É uma perdida no mundo, com péssimas experiências sexuais, na minha opinião. Assisti um programa dela no YouTube, ri muito. Ela é sem noção. Fiquei pensando no que passaria, pela cabeça do telespectador, ao ouvir aquelas besteiras. Descrevia um ato sexual como se fosse uma cirurgia. O que há de emocionante numa cirurgia ? Sexo é vida, é emoção, cada um descobre seu próprio caminho ou não. Ela e o ex marido ou marido coadjuvante, sei lá , sempre me pareceram dois riquinhos , com uma vida sem graça, sem nada para fazerem ou construírem, que resolveram ir para o PT, se misturarem com os pobres e com os intelectuais. Quem sabe o PT virou algum tipo de afrodisíaco para eles ? Gostar de subir a favela é muito chic, duro é morar nela . Precisamos lembrar que a Marta , insinuou que o Kassab poderia ser gay, tentando obter o voto dos conservadores, quando disputavam a prefeitura de São Paulo. Pois é, ela perdeu.

Se eu tivesse que classificar as pessoas que sentem atração pelo mesmo sexo, eu os dividiria em gays e homossexuais. Os homos são aquelas pessoas discretas que não sentem necessidade de afirmar sua preferência sexual de forma explicita, eles apenas a vivenciam, como qualquer outra pessoa. Já os gays seriam os caricatos. A palavra gay já é preconceituosa.

Já afirmei, várias vezes, neste espaço que não tenho preconceito algum pela opção sexual das pessoas. A vida sexual dos outros não me diz respeito. Afinal, cada um de nós é dono de seu próprio destino, de suas próprias escolhas. Me reservo, no entanto, o direito daquilo que quero ou não ver. É hipocrisia? Acho que não,há situações que são absolutamente constrangedoras. Fácil é falar que não somos preconceituosos, difícil é não ser, quando você se depara com situações para as quais você não está preparado.

O ano passado, quando fui a São Paulo, minha irmã me levou a um shopping, eu queria fazer uma compra. Nele, ela tinha certeza que eu encontraria o que precisava. Estávamos acompanhadas por um adolescente. Minha irmã avisou que esse shopping era o "point" dos homossexuais paulistas. Não deveríamos ficar olhando e nada de risadas. Eu não estava preparada para o que vi.Assim que coloquei meus pés, na escada rolante, na minha frente, duas jovens, no máximo 16 anos, no maior beijo. Fiquei constrangida. Virei o rosto,pensei na mãe delas. Virar o rosto não me ajudou em nada, para onde eu olhasse via cenas iguais. Meu discurso de não ser preconceituosa ficou em xeque mate. Se eu começasse a rir não seria por achar graça e sim de constrangida. O nosso adolescente logo disse :" - pô que desperdício, umas gatas!"

Nunca tinha visto tantos homos reunidos, eles eram a maioria . Eram de todas as idades, desde adolescentes até senhores e senhoras de bastante idade. Alguns discretos, outros nem tanto e os escandalosos. A paquera, o namoro, as carícias, os beijos, a comidinha na boca, em nada os diferenciava dos namorados que estamos acostumados a ver. Confesso que não comecei a rir por saber que precisava dar bom exemplo, sei também que alguns deles são bem agressivos e andam armados (talvez até por serem discriminados, retribuem sendo agressivos). O problema foi controlar o adolescente que estava conosco. Ele nos colocou, várias vezes, em situação difícil.

O nosso adolescente já é preconceituoso, aprendeu na escola. Gostar da banda Restart, do Bibier, o filme Crepúsculo por exemplo, é coisa de menina ou de gay. Jeans justo, camiseta colada no corpo, é coisa de bicha. Macho que é macho tem que andar vestido como os "manos corintianos". Essa é a cultura ou o código entre eles. O maior medo deles é de serem classificados como gays. Nada de beijinho da mãe quando deixa o filho na escola ou vai buscar. É expor ao ridículo frente aos colegas, afinal, eles não são mais criancinhas. Quem tem filho adolescente sabe que os amigos , os colegas, influenciam muito mais que os pais. Os amigos e a internet. Há o agravante da sociedade baiana ser muito machista. Não só a baiana, sabemos disso. O Brasil é machista.

Ele está cursando a oitava série, de uma escola particular. Alguém acredita, que no próximo ano, quando ingressar no ensino médio, um vídeo terá o poder de mudar seus preconceitos? Estarão os professores preparados, realmente, para encarar esse desafio? Eu não acredito. Não acredito, tão pouco, no sucesso desse projeto.

Acredito que o melhor seria orientar esses movimentos gays nos seus processos de afirmação. No meu ponto de vista, nada há de mais ridículo do que a Parada Gay, na Paulista. Aquilo só reforça o preconceito. Ninguém leva à sério o que não respeita. Será que já foi feito alguma pesquisa pra ver se os participantes, realmente , são todos simpatizantes com o movimento ou estão lá pelo show? Eu já disse que detesto zoológico, não suporto ver aqueles animais presos, só para diversão dos humanos. Mas gosto dos macaquinhos que ficam soltos e ficam fazendo gracinhas, no entanto, não traria nenhum deles para minha casa. Então....

Se a escola representa, numa proporção menor, a sociedade , ela deve ensinar noções de respeito e ética , para que os alunos aprendam a conviver, desde cedo, com as diferenças e terminar com a prática discriminatória, não apenas contra a opção sexual, mas contra o racismo, contra o gordo demais, contra o magro demais, contra o pobre e assim por diante. Mas essa escola seria a ideal, não a que nós temos hoje. Precisaríamos de professores bem formados, bem pagos, para que não precisassem trabalhar exaustivamente só para sobreviverem e sem tempo para mais nada. Mas esse seria o professor ideal e não o que temos hoje. O governo prefere investir em projetos questionáveis para tratar de assunto tão delicado a investir na educação. Sou contra esse projeto ! Não tenho certeza se o assunto será conduzido de forma educativa ou será um incentivo à homossexualidade, em cabeças em formação.

Se não faz sentido,

Discorde comigo

Não é nada demais

Escolha uma estrada

E não olhe prá trás


Café?


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