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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

bright star


Pois é, há dias que fico meio diferente de mim mesma ou sei lá, quem sabe eu sou essa outra. Ainda ando me procurando e definitivamente não sei em que estrela me escondo!
Isso mesmo, devo me esconder em alguma estrela pois a terra já não me satisfaz! Se os meus pés estão firmemente plantados nela, a minha cabeça tem a liberdade de andar pelas estrelas.

Lá em cima, na imensidão do infinito, entre as estrelas, ainda posso sonhar! Não há limites, não há fronteiras. Lá eu posso ousar e voar. Lá eu sou livre e talvez seja eu mesma. Poxa ! É tão difícil saber quem realmente eu sou! Ás vezes me sinto um caleidoscópio, isso mesmo, conforme o movimento da luz nos meus pedaços de vidro colorido, o desenho é diferente ! É difícil ser eu mesma e mais milhares de combinações diferentes. Pode ser divertido também, às vezes, pois me divirto com as várias aparências no meu jogo particular de sombras e luz, nos meus pedaços de vidro.

Quando aparece o jogo de cores fortes, sou guerreira, uma amazona, armada de arco e flecha para defender meu ponto de vista, meus entes queridos, meu castelo. Nunca fui fraca, medrosa ou deprimida e tão pouco alienada. Percebo todas as minhas transformações. Só me transformo em guerreira, por necessidade extrema! Gosto do jogo da diplomacia mas há momentos que guerrear é preciso! Vou à luta, sem piedade !

Em muitos momentos me irrito ,comigo mesma. Acho que meu "eu" verdadeiro é meio frágil demais para meu gosto. Estou vivendo um momento muito especial, feliz com meu mundo interior e em paz com o mundo exterior. Num momento especial desse, me vejo buscando poemas de Lord Byron e Keats! Como a felicidade me deixa frágil e emotiva !

Assisti o filme Bright Star que tem como tema os três anos em que John Keats teve um romance com Fanny, garota de gênio e decidida, nas primeiras décadas do século XIX. Muito do drama baseia se nas cartas de amor escritas por Keats a ela. Como nem tudo é perfeito é um amor que termina mal, ele morre de tuberculose, ela casa com outro.

Chorei várias vezes durante o filme e olha eu não costumo chorar ! É algo raro para mim. O filme me comoveu! Eu gosto do amor, da paixão, da ternura, de pequenos gestos. Gosto de suavidade e tons pastéis ! Mas gosto de labaredas e terremotos também.

Li várias vezes a poesia e fiquei me questionando, será que os homens ainda sabem amar assim ? Será que as mulheres ainda se permitem serem amadas com tal intensidade?

Bright Star

Bright star, would I were steadfast as thou art —
Not in lone splendour hung aloft the night
And watching, with eternal lids apart,
Like Nature's patient, sleepless Eremite,
The moving waters at their priestlike task
Of pure ablution round earth's human shores,
Or gazing on the new soft-fallen mask
Of snow upon the mountains and the moors —
No — yet still stedfast, still unchangeable,
Pillow'd upon my fair love's ripening breast,
To feel for ever its soft fall and swell,
Awake for ever in a sweet unrest,
Still, still to hear her tender-taken breath,
And so live ever — or else swoon to death.

Sei lá, hoje estou muito ocupada com esse meu lado "mulherzinha" para me preocupar com os outros ! Vou dar uma olhada no meu caleidoscópio e quem sabe tirar os espelhos, trocar as cores? I have no answers !

"...E que fique muito mal explicado. Não faço força para ser entendido. Quem faz sentido é soldado." Mário Quintana

A música hoje é para mim, amo The Cure.

Café?

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